Já começou, em todo país, a campanha de vacinação contra o vírus HPV, para meninas de 11 a 13 anos, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Saiba mais sobre a importância da vacina e a doença:
Os HPV (Papiloma Vírus Humano) são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes, sendo que cerca de 40 tipos podem infectar otrato ano-genital. A infecção pelo vírus é na maioria das vezes, transitória. Em alguns casos, causada por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras. Estas lesões podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
Existem vários tipos de HPV que são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. Já os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, são considerados não oncogênicos.
O câncer do colo do útero é um tumor que se desenvolve a partir de alterações chamadas de lesões precursoras. São totalmente curáveis na maioria das vezes e, se não tratadas, podem demorar muitos anos para se transformar em câncer. No Brasil, o câncer do colo do útero, é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de Mama.
As lesões precursoras ou o câncer em estágio inicial não apresentam sinais ou sintomas, mas conforme a doença avança podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor, nem sempre nessa ordem. Nesses casos, a orientação é sempre procurar um posto de saúde para tirar as dúvidas, investigar os sinais ou sintomas e iniciar um tratamento, se for necessário.
A prevenção do câncer do colo do útero é através do exame preventivo (Papanicolau ou citopatológico), que pode detectar as lesões precursoras ou o próprio câncer. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas é possível prevenir a doença em 100% dos casos.
O exame deve ser feito, preferencialmente, pelas mulheres entre 25 e 64 anos, que têm ou já tiveram atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, o exame passará a ser realizado a cada três anos e estão disponíveis pelo SUS.
A transmissão do vírus HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. A transmissão também pode ocorrer durante o parto.
A vacina quadrivalente confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18 para a prevenção das doenças anogenitais e das lesões cervicais de alto grau de malignidade. A vacina (constituída de partículas virais) é administrada por via intramuscular, em três aplicações (0,2 e 6 meses). A maior indicação é para meninas que ainda não iniciaram a vida sexual, uma vez que apresenta maior eficácia na proteção de indivíduos não expostos aos tipos virais presentes nas vacinas. Países que adotam a vacinação em programas nacionais de imunização utilizam a faixa etária de 9 a 13 anos.
A vacina é segura e bem tolerada. Os eventos adversos mais observados incluem dor, inchaço e vermelhidão no local da injeção e dor de cabeça de intensidade leve a moderada.
A vacina está contra-indicada para gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas e com hipersensibilidade aos componentes (princípios ativos ou excipientes) da vacina.
fonte - Instituto do câncer infantil do RS - Dra Jiseh Loss modificado
PROTEJA-SE JÁ!!
Valeu!!
BIObjs - Profe Lú